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O Rio Este nasce na freguesia de São Mamede de Este, em Braga, numa zona montanhosa rodeada por vegetação densa. Ao longo dos séculos, este rio teve um papel fundamental no desenvolvimento da cidade de Braga e das comunidades ribeirinhas, servindo como fonte de água, energia e meio de transporte para diferentes atividades.

Durante a época romana, quando Braga era conhecida como Bracara Augusta, o Rio Este era uma das principais fontes de abastecimento de água para a cidade. Vestígios arqueológicos indicam que existiam canais e estruturas hidráulicas construídas pelos romanos para distribuir a água para diferentes zonas da cidade, incluindo termas e áreas residenciais.

Na Idade Média, o rio continuou a ter grande importância, sendo utilizado para mover moinhos de água que serviam para a moagem de cereais, um processo essencial para a produção de pão, um dos principais alimentos da época. Além disso, as margens do rio eram aproveitadas para a agricultura, garantindo sustento para as populações locais.

Com a chegada da industrialização, nos séculos XIX e XX, o Rio Este passou a ser utilizado para fins industriais. A proximidade do rio permitiu o desenvolvimento de pequenas fábricas e oficinas, mas este crescimento levou também ao aumento da poluição. O descarte de resíduos industriais e urbanos afetou a qualidade da água, tornando a preservação ambiental um desafio crescente.

Atualmente, o Rio Este é alvo de projetos de recuperação ambiental, com o objetivo de melhorar a qualidade da água e recuperar a biodiversidade da região. As suas margens têm sido alvo de requalificação para criar espaços de lazer, tornando-o um elemento importante para o património natural e cultural de Braga.

A sua nascente, em São Mamede de Este, mantém-se como um ponto de interesse ecológico e histórico, sendo um local ideal para quem aprecia a natureza e quer conhecer um pouco mais sobre a evolução da região ao longo dos séculos.